Author:
Araujo Lais Vieira,Magalhães Thallia Lamounier Brandão e,Ferreira Bianca Andrade,Lima Laura Gomes
Abstract
A infertilidade é uma preocupação significativa para pacientes em idade reprodutiva após o transplante de órgãos sólidos, afetando aproximadamente 20% a 30% desses indivíduos. O transplante de órgãos sólidos melhorou significativamente a sobrevida de mulheres com doenças em estágio terminal, entretanto estas frequentemente enfrentam distúrbios hormonais resultando em anovulação e infertilidade. Apesar dessa dificuldade, muitas mulheres transplantadas desejam exercer seu direito reprodutivo através de técnicas de reprodução assistida. Gravidezes em mulheres transplantadas são classificadas como de alto risco, mas alguns estudos já indicam que os resultados obstétricos e neonatais em mulheres transplantadas que utilizam reprodução assistida são comparáveis aos de gravidezes espontâneas. No entanto, a abordagem desse processo é complexa e deve ser multidisciplinar, considerando aspectos médicos, éticos e psicossociais. Os tratamentos de reprodução assistida geralmente resultam em desfechos favoráveis, desde que os pacientes sejam gerenciados de maneira racional e cuidadosa, minimizando complicações iatrogênicas. A literatura sobre o assunto ainda é limitada, destacando a necessidade de mais pesquisas para orientar práticas clínicas seguras e eficazes. Fornecer cuidados interdisciplinares e informar os pacientes sobre os possíveis efeitos negativos dos medicamentos na fertilidade, curso da gravidez e saúde do feto são essenciais para garantir a segurança materna e fetal, permitindo o nascimento de crianças saudáveis.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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