Abstract
Este artigo aborda os desafios da educação para os direitos humanos diante do problema da violência verbal nas interações digitais. Seu objetivo é analisar a complexidade da tecnologia e da linguagem em contextos virtuais, propondo alternativas educacionais focadas em empatia e diálogo. O referencial teórico inclui Feenberg, que discute a não neutralidade da tecnologia; Fiorin, que examina a ambiguidade da linguagem; e Rorty, que sugere uma educação sentimental para promover os direitos humanos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica que envolve uma análise crítica da tecnologia (Feenberg) e da linguagem (Fiorin), além de uma abordagem de educação em direitos humanos que incorpora a dimensão afetiva, baseada nas ideias de Chust e Rorty. O artigo examina a tensão entre a ambivalência da tecnologia e a ambiguidade da linguagem, reconhecendo o papel das emoções e sentimentos na construção de uma cultura de paz e na promoção dos direitos humanos. Como resultado da análise, propõe-se que a educação sentimental, apoiada por narrativas que despertam empatia, pode ser uma resposta eficaz à violência verbal e à violação dos direitos humanos nos meios digitais. Argumenta-se que tanto a linguagem quanto a tecnologia devem ser utilizadas de forma a favorecer a compreensão, o diálogo e a cooperação, propondo uma abordagem educacional que valoriza a dimensão afetiva e emocional para além da cognitiva, visando formar cidadãos comprometidos com os direitos humanos.
Publisher
Universidade Federal de Santa Maria
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