Abstract
Neste estudo, abordamos o processo de reconfiguração do lugar da “audiência” nas experiências de fruição em ambientes plataformizados e o modo pelo qual esse mesmo problema foi enfrentado no início do broadcasting. Em um primeiro momento, resgatamos, brevemente, o desenvolvimento das pesquisas de audiência, voltadas diretamente para as atividades das organizações midiáticas, seu encontro com a pesquisa administrativa de Paul Lazarsfeld e Frank Stanton e o tipo de questões que as motivavam. Na sequência, procuramos mapear algumas importantes reconfigurações dessas mesmas questões em ambientes plataformizados e o modo pelo qual o Spotify tem procurado enfrentá-las. Nesse trajeto foi possível identificar a construção de um imaginário muito particular sobre o significado dessa experiência e os processos de mensuração e controle desenvolvidos para a captura da atenção.
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