Abstract
Na antiga Mesopotâmia, a medicina era um processo dinâmico baseado na interação entre paciente e terapeuta. O tratamento eficaz não se limitava ao uso de tecnologia médica, diferentemente dos dias atuais. A resposta do paciente à doença e ao tratamento influenciava o procedimento, sendo crucial para o sucesso. Os mesopotâmios aprenderam a tratar males físicos com os recursos disponíveis, conhecido como medicina empírica. Lidando principalmente com doenças não fatais, um tratamento adequado podia levar à melhora do paciente. Além da medicina empírica, havia a vertente mágica, muitas vezes sob a responsabilidade de um exorcista. Doenças tinham origens mágicas, divinas ou naturais, com curandeiros tratando as últimas. As funções de curandeiros e exorcistas frequentemente se entrelaçavam. O envolvimento do paciente no processo de cura envolvia meios "mágicos" para neutralizar medos, liderados por um exorcista. A lógica subjacente era crucial para compreender antigas crenças mesopotâmicas. Com base neste estudo, elaboramos um estudo comparativo entre a medicina e a magia.
Publisher
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - UNICAMP
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