Author:
Oliveira Carlos Walmyr de Mattos,Oliveira Diêgo Ferraz,Barbosa Hikaro Julio Santiago,Corsso Cristiane del,Wilhelms Diene Landvoigt,Lima Filho Nilson Alves,Marinho Luísa de Andrade Lima,Almeida Milena de Oliveira,Chaves Francisco Neudo Rebouças,Sousa Lizia Maria Pessoa de,Andrade Laura Oliveira Lorenzo de,Nascimento Maria Rita Barcelos Corrêa do,Ribeiro Luís Eduardo Bastos
Abstract
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neuropsiquiátrico do desenvolvimento, originalmente descrito por Eugen Bleuler em 1911 e mais bem caracterizado por Leo Kanner em 1943. A compreensão do TEA evoluiu significativamente desde a classificação de psicose infantil para um transtorno do desenvolvimento com base em pesquisas como as de Ritvo e Rutter. A partir dos anos 1980, o conceito de espectro, introduzido por Hans Asperger, levou à definição atual do TEA, que abrange uma ampla gama de sintomas e severidade, influenciada por fatores genéticos e ambientais. Esta revisão sistemática visa analisar a epidemiologia, etiopatogenia e intervenções terapêuticas para consolidar o conhecimento e identificar áreas para futuras pesquisas. A revisão sistemática incluirá estudos publicados entre 2000 e 2024 sobre epidemiologia, etiopatogenia e intervenções do TEA, usando bases de dados como PubMed, SciElo e Scopus. Serão aplicados critérios rigorosos de inclusão e exclusão para garantir a relevância dos dados. A qualidade dos estudos será avaliada com ferramentas apropriadas e a síntese dos dados incluirá análises qualitativas e quantitativas para uma visão integrada do conhecimento atual sobre o TEA. O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação social e comportamentos repetitivos. A prevalência aumentou significativamente nas últimas décadas, com taxas variando globalmente. Estudos indicam uma forte componente genética e neurobiológica, com alterações cerebrais identificadas em áreas como o cerebelo e a amígdala. As intervenções incluem modelos como o Denver e a Análise Comportamental Aplicada (ABA), que têm mostrado eficácia na melhoria de habilidades sociais e comportamentais. Estratégias como terapia de integração sensorial e comunicação alternativa são úteis, mas dietas restritivas e medicações devem ser usadas com cautela. A revisão revela um aumento na prevalência do TEA devido a melhorias no diagnóstico e maior conscientização. A etiopatogenia do TEA envolve fatores genéticos e ambientais, com evidências sugerindo uma interação complexa. As abordagens terapêuticas, incluindo ABA e intervenção precoce, são eficazes, embora intervenções dietéticas e medicamentosas apresentem resultados variados. A necessidade de uma abordagem personalizada e multidisciplinar é destacada, com ênfase na colaboração entre profissionais e famílias para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com TEA. A revisão proporciona uma visão detalhada do TEA, destacando avanços na compreensão do transtorno e a eficácia das intervenções. Identifica a necessidade de mais pesquisas para preencher lacunas existentes e aprimorar estratégias de tratamento, sublinhando a importância da abordagem personalizada e integrada para o manejo do TEA.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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